Este texto foi publicado originalmente no LinkedIn.
Siga o podcast no Spotify.

v1.3 – Seja preguiçoso – como ser mais produtivo(a) e eficaz desenvolvendo software – Release – com Evandro Amparo
Nem todo desenvolvedor de software trabalha do mesmo jeito, o que é bom, por um lado.
Mas pode não ser, dependendo da situação. Deixa eu explicar.
Nesses anos todos desenvolvendo, e também observando outros desenvolvedores menos experientes, eu percebi 3 tipos de desenvolvedores.
O faz-tudo

Não é aquele cara que programa, dá suporte e ainda conserta as impressoras. Já passei por isso (tirando a parte das impressoras).
O faz-tudo escreve código demais, tenta reinventar a roda. Às vezes para mostrar serviço ou por pura inexperiência mesmo.
Por exemplo, se você não conhece bem as bibliotecas da linguagem em que está programando, corre o risco de reescrever algo que já está pronto.
Para piorar, dificilmente o seu código vai ser mais eficiente do que uma biblioteca que já foi testada exaustivamente.
O pensador

É aquele que até entende o problema a ser resolvido mas não consegue traduzi-lo numa solução em forma de software, num algoritmo.
Ele sabe o que tem que ser feito, mas não consegue chegar lá porque ainda não aprendeu a pensar como desenvolvedor.
Resultado: fica horas ‒ às vezes, dias ‒ pensando numa solução mas não consegue implementar. Quase sempre precisa de alguma orientação para sair do lugar.
Geralmente está no nível de estagiário ou desenvolvedor bem no começo da carreira.
O preguiçoso

Esse é o que eu procuro ser. Não é preguiça de trabalhar, ou de quebrar a cabeça para tentar achar uma solução.
“Desenvolvedor bom é desenvolvedor preguiçoso”
Ouvi essa frase uma vez há muito tempo. Ser preguiçoso aqui quer dizer trabalhar de forma que seu esforço seja o menor possível. Assim você estará aproveitando melhor seu tempo.
E tempo vale mais que dinheiro, porque você não o recupera depois.
Então não tenha medo de pesquisar para ver se alguém já resolveu o mesmo problema antes.
Também não tenha medo de pedir ajuda. Tentar resolver sozinho é legal mas pode te levar a ficar travado quando poderia resolver mais rápido.
Em outras palavras, a síndrome do faz-tudo pode te transformar num pensador.
O preguiçoso busca uma solução que tenha um custo menor, que seja mais prática ou mais rápida. Ele reaproveita código, dele mesmo e dos outros. Faz o possível para não desrespeitar o princípio DRY.
Sempre vale a pena ter um pouco mais de trabalho agora para ter um código mais fácil de manter depois.
Você se identificou com algum desses perfis? Deixe seu comentário.
Créditos das imagens:
Show Evandro! Concordo 100%! Ser preguiçoso nesse contexto faz todo sentido! Abraço!
CurtirCurtir
Valeu pelo comentário, meu amigo! E por estar acompanhando o blog!
CurtirCurtir