Uma das características interessantes a respeito do Scrum é que ele é focado em equipes auto-organizadas e auto-gerenciáveis. Mas o que significa isto?
O Scrum Guide diz:
Ninguém – nem mesmo o ScrumMaster – diz ao time como transformar o Backlog do Produto em incrementos de funcionalidades entregáveis. O Time descobre por si só. Cada membro do Time aplica sua especialidade a todos os problemas. A sinergia que resulta disso melhora a eficiência e eficácia geral do Time como um todo.
São equipes que tem autonomia para decidir a melhor maneira de fazer seu trabalho sem necessitar de direção externa.
Dizer que são auto-organizáveis significa que são independentes para se organizar em torno de um problema a ser resolvido.
Nestas equipes, todos tem as mesmas responsabilidades, de modo que elas se tornam também auto-gerenciáveis.
O trabalho que seria feito por um gerente de projetos cabe a toda a equipe, visto que a figura do Scrum Master está mais para um facilitador, um líder que tem apenas a função de garantir que não haja impedimentos para que a equipe possa realizar seu trabalho.
Assim, durante as reuniões diárias, outra característica do Scrum, todos os eventuais impedimentos podem ser identificados para que se possa buscar a melhor solução para que o prazo possa ser respeitado e os requisitos listados no backlog atendidos.
Como em quase tudo na área de T.I., não há leis que definam com as coisas devem ser feitas. Há princípios e padrões que indicam boas práticas a serem seguidas.
O próprio Scrum não é considerado uma metodologia, mas um framework que deve ser adaptado de acordo com a necessidade do momento.
Neste sentido, ele também indica um número de membros que deve compor a equipe, que varia entre 5 e 9 pessoas.
Como sempre, isto depende da necessidade do projeto, do cliente, do contexto, enfim, de cada caso. Importa muito mais que o processo de desenvolvimento permita à equipe trabalhar de forma ágil, independente de seu tamanho.
Não é difícil encontrar na web comparações entre os papéis de um gerente de projetos e de um Scrum Master, o que já está além do assunto deste texto.
O certo é que o desenvolvimento ágil exige das pessoas um comprometimento (lembram-se da história do porco e da galinha?) para que as coisas funcionem como esperado.